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domingo, 11 de julho de 2010

O mesmo filme, com o mesmo fim.

Começou oficialmente a disputa da campanha eleitoral 2010, muito embora ela já estivesse ocorrendo a todo vapor por trás dos holofotes. Começam as trocas de acusações, os clichês do "Eu vou fazer", dos que não fizeram e do que eu fiz quando era o fulano, ou seja, um filme repetido muitas e muitas vezes, mas sempre com atores que já obtiveram cadeira cativa.

Pior do que os "atores" que sempre estão na telinha, naqueles horários chatos, são os telespectadores. Esse filme com roteiro pré-definido é sempre assistido e absorvido de forma quase unânime pelo grande público como se fosse algum grande lançamento cinematográfico. Os atores vestem-se de formas a causarem uma excitação no povo que os vê com olhos de quem vê um grande astro de "Hollywood" num imaginário de perfeição absoluta.

Como esse mesmo espetáculo consegue envolver as pessoas de forma a fazer com que elas fiquem cegas diante de uma forma de encenação tão falsa e ridícula. Apertos de mãos, sorrisos e abraços, todos são amigos e queridos, ouvidos e ficam com a certeza de um ator bondoso e interessado com os problemas do cotidiano dos coadjuvantes.

Terminado e cumprido o roteiro, os atores principais de recolhem em seu castelo no cerrado, ficam imunes ao público, que de coadjuvantes, transformam-se em meros figurantes, esquecidos num lugar distante do cenário principal. Mas todos temos uma certeza, que daqui à quatro anos, estaremos novamente atuando, tomados novamente pelo "Bel prazer" de receber um abraço e mais um aperto de mão com um "Hilário sorriso" pré-anunciando que você será novamente deixado no anonimato.



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